quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Sonhando com Poesia (Marco Antonio)

Genius


Uma lâmpada...
Esta história não começa
com uma lâmpada,
não é prosa nem tem pressa
faz do verso uma avalancha
no vácuo que o espaço
deixou no coração.


Ah! Como seria bom
não morrer em vão
não. Hoje não!
Já que logo mais cedo
tinha brisa e poente,
ao fundo uma lâmpada
que realizava um desejo.


O desejo qual seria?
Perguntei-me em displicência
a paciência conduzia-me
até que lhe faltou a resistência
a paciência já morria...
(como este verso desconexo)


Durante anos
um igual conceito
e tantos mais pretextos
para serem infelizes
por partes, são matrizes
de uma matriz descontrolada
que imprimem mil palavras
dando ao povo
novela e televisão.


Em outros dias
em outros dias
não havia
não queria
e sempre vinha
a cortejar-me sem porquê.


São momentos em que os dedos
descontrolam-se senhores
de composições inebriantes

dentre milhas e casas
milhares de estradas
qual será a primeira?


Verdadeiras eram as palavras
Verdadeiras eram, porém perdidas
no silêncio de outro gesto
o entrelaçar de duas línguas.


Cantam os artistas canções
e os profetas
dão um ar de apocalipse

para muitos, calcário
onde se constroem cenários
de paupérrimas veredas.

Ainda me resta um desejo
este qual seria?

Que o povo de hoje em dia
tenha mais amor!

(Autor: Marco Antonio)

Oriundo dum pitoresco vilarejo as margens do rio Santana, Marco Antonio veio ao mundo em 14 de julho de 1991, passando a residir nos subúrbios cariocas pelos subsequentes dez anos; ao cabo dos quais mudou para o sul da Bahia, fonte de toda sua inspiração. Aos doze anos começaram as brincadeiras com as palavras, das quais se fez amigo. Adquirindo um gosto raro por este mundo mágico onde vive a poesia.


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