segunda-feira, 30 de julho de 2012

Realidade Popular



O transtorno do pânico ou síndrome do panico é uma condição mental que faz com que o indivíduo tenha ataques de pânico esporádicos, intensos e muitas vezes recorrentes. Pode ser controlado com medicação e psicoterapia. É importante ressaltar que um ataque de pânico pode não constituir doença (se isolado) ou ser secundário a outro transtorno mental.




                                                Criss Paiva (portadora da Síndrome do Pânico)

Confira agora uma pequena entrevista que expõe o ponto de vista de uma portadora da doença.


Dhyne Paiva:  Criss, a quanto tempo você tem Síndrome do Pânico?
Criss Paiva: Não sei exatamente... Porque não consigo lembrar de mim antes disso...
Mas vendo a partir de quando comecei o tratamento, 6anos.

Dhyne Paiva: Qual a parte mais difícil de lidar em relação a doença?
Criss Paiva: 
Pra MIM não há uma parte mais ou menos difícil... A aceitação já é o que começa dificultando o resto.


Dhyne Paiva: 
O que você acha que contribuiu para que você a desenvolvesse?
Criss Paiva: Não sei exatamente, porque como citei antes não me lembro de como era ANTES, mas acho que foram os "acúmulos" de tudo, teve uma hora em que não deu
mais e... Transbordou ... E ao invés de derramar água, eram lavas que escapavam.

Dhyne Paiva:Acha que ela pode ter cura?
Criss Paiva:
 Não! Cientificamente os médicos falam que sim,

para os portadores uma cura fica meio... Distante.
Dhyne Paiva:O que você diria para outros portadores da síndrome?
Criss Paiva:
 Não posso falar que sejam fortes, porque eu mesma não me vejo forte para conviver 
com isso... Acho que falaria aos familiares desses portadores:
"Nada é pior do que se ver sozinho num desesperoque não tem começo, meio e muito menos um fim. Nada é pior do quevocê estar doente e não ter como MOSTRAR onde dói... E ter que convivercom a angústia dos que banalizam o que sentimos de verdade."

Este distúrbio é nitidamente diferente de outros tipos de ansiedade, caracterizando-se por crises súbitas, com ou sem fatores desencadeantes e, frequentemente, incapacitantes. Depois de ter uma crise de pânico a pessoa pode desenvolver medos irracionais (chamados fobias) dessas situações e começar a evitá-las.


Por: Dhyne Paiva.

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